Grande amigo de Joaquim, Eduardo Lafões é um servidor público menor, cuja função reside em guardar obras públicas. De acordo com sua descrição na narrativa, ele é português de nascimento, brasileiro de criação, sendo muito ingênuo e crédulo nas aparências e em uma suposta virtude atrelada ao poder econômico.
“Assim tudo fazia crer, pois era de ver a importância ingênua do campônio que se faz qualquer coisa do Estado, e a solenidade de maneiras com que ele atravessava aquelas virtuais ruas dos subúrbios. [...]
Vivendo sempre em círculos limitados, habituado a ver o valor dos homens nas roupas e no parentesco, ele não podia conceber que torvo indivíduo era o tal Cassi; que alma suja e má era a dele, para se interessar generosamente por alguém.” (grifos nossos)
Por sorte, ou azar, do destino, Lafões acredita ter uma grande dívida de gratidão com Cassi, que nunca foi esclarecida. Isso faz com que ele creia que o rapaz tenha um bom coração e boas intenções.
“[Joaquim fala] - Vamos experimentar, meu caro Marramaque. 'Ele' [Cassi Jones] sabe com quem se mete...
- Eu cá, por mim, nada tenho a dizer dele. Sempre me tratou muito bem e sou-lhe grato.
- É que você, Lafões, não lê os jornais.
- Qual jornais! Qual nada! Tudo que lá vem neles é mentira.”