as·se·cla |é|
(latim assecla, -ae, o que faz parte de uma comitiva)
substantivo masculino
Defensor ou seguidor apaixonado (ex.: desprezava o dirigente e seus asseclas). = PARTIDÁRIO, SEQUAZ
“Mulato claro, faceiro, bem-apessoado, mas antipático pela sua falsa arrogância e fatuidade.”
Operário antigamente, Ataliba do Timbó já foi jogador de futebol recebedor de malas pretas. Atualmente, na malandragem, ganha provento agenciando o jogo do bicho. Ataliba, grande mulherengo, foi forçado ao casamento com Ernestina, a quem seduziu e, após o matrimônio causou sua decadência tanto física quanto do espírito alegre.
“Pobre Ernestina! Era tão alegre, tão tagarela, era moça, e bonitinha, na sua fisionomia miúda e na sua tez pardo-clara, um tanto baça, é verdade, mas não a ponto de enfeá-la, quando conheceu Ataliba; e hoje? Estava escanzelada, cheia de filhos, a trair sofrimentos de toda a espécie, sempre mal calçada, quando, nos tempos de solteira, o seu luxo eram os sapatos! Quem te viu e quem te vê!”
Zezé Mateus é um dos companheiros de Cassi Jones mas, ao contrário dos outros, parece associar-se a ele mais pelo atraso cognitivo que sofre do que por vileza. Honesto e sem maldade, o rapaz é uma espécie de faz-tudo, aceitando os mais diversos bicos para conseguir dinheiro. O narrador chega a afirmar que, por sua característica cognitiva, ele é “um ex-homem” e não um ser humano completo.
“Zezé Mateus era um verdadeiro imbecil. Não ligava duas ideias; não guardava coisa alguma dos acontecimentos que assistia. A sua única mania era beber e dizer-se valente. [...] Era branco, com uma fisionomia empastada, cheia de rugas precoces, sem dentes, todo ele mole, bambo. A sua testa era deprimida, e era longo e estreito o seu crânio, do feitio daqueles a que o povo chama ‘cabeça de mamão-macho’.”
Fraco Souza é o companheiro mais distanciado do grupo, pois sua esposa não gosta de vê-lo metido com o tipo de gente que Cassi é. Ganhando a vida se dizendo advogado, Franco Souza não passa de um charlatão que engana pessoas humildes necessitadas de aconselhamento jurídico, fazendo-se se passar por um profissional da área.
“Assim mesmo, sempre apareciam ingênuos roceiros, simplórias viúvas, que, no pressuposto de que os seus serviços, na justiça, sobre a demarcação de terras litigiosas ou despejos de inquilinos relapsos, fossem mais baratos, procuravam-no.”
Arnaldo tout court, ou “apenas Arnaldo” é ganha a vida com pequenos furtos em trens e estações de trem. Descrito como um “tipo mais nojento do que mesmo em Cassi”, nas palavras do narrador, Arnaldo é um oportunista que comete os mais variados crimes e perversidades para lucrar algum dinheiro.
“Os seus vizinhos contavam que ele tinha também o hábito de arrebatar as notas do Tesouro das mãos das crianças, quando as encontrava sós também a caminho das vendas, onde iam fazer compras para as casas paternas, levando-as à mostra, na imprevidência natural de crianças.”